Você já ouviu falar em diagrama de Ishikawa? A ferramenta é ideal para ajudar você a encontrar as causas para os principais problemas da sua empresa e, assim, traçar as melhores estratégias para resolvê-los — economizando tempo, dinheiro e esforços.
Então, para você começar a utilizá-lo na sua empresa, separamos dicas para aplicá-lo, além das etapas e como preenchê-lo. Assim, você poderá conhecer os benefícios do seu uso na prática, em conjunto com uma tecnologia de ERP industrial.
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O diagrama de Ishikawa é uma ferramenta visual, em formato de gráfico, cujo objetivo é ajudar uma equipe de trabalho a encontrar a causa principal de um problema.
O diagrama recebe esse nome por causa do seu criador, o engenheiro Kaoru Ishikawa. Mas ele também é chamado de Diagrama Espinha de Peixe, Diagrama Causa e Efeito e Diagrama dos 6Ms.
As empresas usam essa ferramenta para achar a causa principal de um problema e, assim, evitar o desperdício de soluções em causas secundárias.
Além disso, o diagrama ajuda a entender quais são os fatores que podem interferir em resultados negativos. Então, a partir da sua análise, é possível chegar a uma conclusão sobre qual deles é o verdadeiro responsável por um problema.
Para uma análise mais aprofundada, é comum classificar as causas de um problema específico em seis categorias principais, chamadas “6M”.
Isso porque cada “M” representa uma categoria que pode ser a fonte de causas subjacentes a serem exploradas. Elas estruturam a análise e identificam áreas-chave de foco para resolução.
Os 6M tratam-se de:
Tudo relacionado às pessoas envolvidas no processo ou atividade sob análise. Em resumo, inclui a força de trabalho, suas habilidades, treinamento, motivação, experiência e atitudes. Identificá-los melhora a eficiência e o desempenho das pessoas envolvidas.
Em resumo, se concentra nos processos e procedimentos usados para realizar a tarefa ou atividade em questão.
Assim, abrange a sequência de operações, os fluxos de trabalho, a eficácia dos métodos e as melhores práticas. Encontrá-los e aprimorá-los otimiza a eficiência e a qualidade.
Diz respeito aos materiais, insumos e recursos usados no processo. Ou seja, a qualidade dos materiais, disponibilidade e apropriação, ocorrendo problemas devido a materiais defeituosos, fornecedores inadequados ou algo errado no estoque.
Então, garantir a qualidade e disponibilidade adequada dos materiais evita falhas no processo.
Aborda a influência das máquinas, equipamentos e tecnologia no processo, como manutenção, confiabilidade e eficácia.
Problemas relacionados a máquinas podem resultar de falhas mecânicas, falta de manutenção preventiva ou obsolescência tecnológica. Mas, quando estão em boas condições de funcionamento, impedem interrupções no processo.
Em resumo, são fatores ambientais que afetam o processo, como condições climáticas, localização geográfica e outros elementos externos que não podem ser controlados diretamente.
Problemas ambientais podem incluir inundações, terremotos, mudanças sazonais ou qualquer fator fora do controle da organização. A compreensão deles ajuda a tomar medidas preventivas quando necessário.
Concentra-se na forma como os dados são coletados, registrados e avaliados. Inclui a precisão das medições, a frequência da coleta de dados e a capacidade de rastrear o desempenho.
Esses problemas surgem devido a erros de medição, falta de instrumentação adequada ou métodos de coleta de dados imprecisos. Dessa forma, ter precisão nesse método é importante para avaliar e melhorar o desempenho do processo.
O gráfico de Ishikawa existe desde 1943. O engenheiro químico de mesmo nome buscava desenvolver uma ferramenta que pudesse ser usada por qualquer pessoa em uma linha de produção. Assim, o diagrama foi pensado para todos, dos operários até a diretoria.
Ainda hoje, Ishikawa é considerado o pai do movimento em prol da qualidade no Japão e um dos maiores mentores da ciência da gestão.
Atualmente, a matriz Ishikawa é muito usada por empresas de produção em série. Isso porque, nesses ambientes, encontrar a real origem de um problema é um grande desafio.
Afinal, a causa pode estar em qualquer ponto da linha de montagem. Além disso, qualquer percalço pode significar grandes perdas e agravar ainda mais os problemas.
Usando o diagrama de Ishikawa, é possível listar todos os fatores envolvidos na produção e analisá-los um a um. Em outras palavras, ele funciona como um mapa, ajudando a organizar o raciocínio.
Para entender um pouco mais sobre o diagrama de Ishikawa, é preciso conhecer as suas etapas, até mesmo para colocá-las em prática no seu negócio. Então vamos entendê-las a seguir.
Encontre o que deseja resolver. Isto é, defina o problema de forma clara e concisa. Ele deve ser descrito de forma que todos os envolvidos na análise possam entendê-lo.
Por exemplo, um problema que pode ser definido de forma clara e concisa é: “o tempo de entrega do produto está acima do prazo acordado com o cliente.”
Na segunda etapa, são criadas as categorias de possíveis causas. As mais utilizadas são os 6M, mostrados em detalhes anteriormente.
Cada categoria representa um aspecto do processo que pode estar contribuindo para o problema. Por exemplo, a categoria “máquina” pode incluir causas como falhas no equipamento, manutenção inadequada ou utilização incorreta.
É importante identificar as causas mais prováveis e relevantes para o problema. Então, para isso, é possível utilizar técnicas como brainstorming, entrevista com especialistas ou análise de dados.
As causas mais importantes devem ser priorizadas para serem resolvidas primeiro. A priorização pode ser feita com base em critérios como:
Na quinta etapa, são tomadas ações para resolver as causas do problema. Mas, essas ações devem ser específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo definido.
Por exemplo, uma ação específica para resolver o problema de “tempo de entrega acima do prazo” é “atualizar o processo de planejamento da produção”.
Aqui, o problema é monitorado e avaliado para garantir que as ações tomadas tenham sido eficazes. A avaliação pode ser feita comparando os resultados obtidos antes e depois das ações tomadas.
O monitoramento pode ser feito através de indicadores de desempenho. Por exemplo, para o problema de “tempo de entrega acima do prazo”, um indicador de desempenho poderia ser “porcentagem de entregas dentro do prazo acordado”.
O diagrama também é chamado de 6Ms porque, no gráfico, são representadas seis categorias de processos:
Mas nem sempre é necessário listar todas essas categorias no seu diagrama. Então, antes de começar a listá-las, avalie quais fazem sentido para o problema cuja causa você gostaria de encontrar.
Como você já sabe, o diagrama de Ishikawa tem formato de peixe e, cada uma das suas espinhas deve ser preenchida com umas das seis categorias que apresentamos acima.
Além de escrever o nome da categoria, você colocará na espinha as principais causas para possíveis problemas que se relacionam com cada categoria.
Para você entender melhor como preencher, vamos dar um exemplo. Imagine que uma indústria está produzindo muitos produtos com defeito. Para levantar possíveis causas, se faça as seguintes perguntas quando for preencher cada espinha:
Sempre que uma empresa enfrenta um problema em sua produção ou gostaria de otimizar algum processo, o diagrama de Ishikawa pode ser utilizado. Isso porque, além de ser fácil e prático, ele se aplica a praticamente todas as atividades realizadas em uma indústria.
O ideal é que ele seja aplicado em situações que impactem diretamente a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Porém, a ferramenta também pode ser útil em outras questões — como atrasos constantes dos funcionários, por exemplo.
Em resumo, o diagrama de Ishikawa se baseia na lógica de cada ação tem uma reação. Por isso, ele está relacionado ao princípio de causa e efeito.
As causas podem ser variáveis ou fatores que contribuem para a variação do grau de intensidade do efeito.
Já os efeitos são uma característica do desempenho que resulta de causas específicas — e são manifestados por alguns sintomas.
Assim como acontece na vida das pessoas, nas empresas todas as ações geram determinadas reações ou consequências.
E foi por isso que o diagrama de Ishikawa surgiu. A ideia é ajudar os gestores a encontrarem as verdadeiras causas das consequências que atrapalham a obtenção dos melhores resultados.
Agora que você já sabe o que é e para que serve o diagrama de Ishikawa, vamos falar sobre os benefícios que essa ferramenta traz. Acompanhe abaixo e saiba quais vantagens a sua empresa pode receber.
Para o melhor desempenho na análise das causas, o ideal é envolver todo o time no processo de levantamento das possibilidades.
Isso é positivo porque as pessoas que estão na linha de frente muitas vezes têm conhecimentos que os gestores não têm. Essa experiência nasce justamente pelo contato mais próximo com os processos produtivos.
Além disso, o envolvimento de todos faz com que o time se sinta valorizado. Isso contribui com a motivação e engajamento no trabalho.
É preciso ter uma visão ampla sobre o negócio e seus problemas. Isso porque, sem ela, pode ser que você corrija erros e resolva questões que não são tão relevantes para o negócio. Assim, perde-se tempo, dinheiro e energia.
O diagrama de Ishikawa permite que o time busque soluções para os maiores problemas que enfrentam. Isso é, aqueles que trazem maiores impactos negativos.
Dessa forma, a empresa consegue encontrar rapidamente soluções para os problemas mais complexos. Então, depois disso, o próximo passo é partir para correções menores.
O formato de espinha de peixe do gráfico Ishikawa permite uma visualização ampla de todas as informações ali colocadas.
Isso evita um erro comum a muitos gestores, que é não enxergar os processos de forma sistêmica. Esse erro dificulta – e muito – a identificação das causas do problema.
Com problemas solucionados, é natural que haja melhoria constante em todos os processos da empresa. Além disso, no final da cadeia produtiva, os produtos têm maior qualidade e são entregues com mais agilidade aos consumidores.
O diagrama de Ishikawa ajuda a hierarquizar corretamente as causas de um problema. Isso é fundamental porque nem todas as causas têm o mesmo impacto no problema. Algumas delas podem ser mais críticas do que outras.
A estrutura do diagrama, com as “espinhas de peixe” saindo do problema central, permite que as causas sejam organizadas em categorias relevantes, como as 6M mencionadas anteriormente.
Assim, facilita a identificação das causas raiz mais significativas e permite que a equipe concentre seus esforços onde eles terão maior impacto.
Durante uma sessão de brainstorming ou uma reunião de grupo, é comum que as ideias fluam de maneira desordenada. O diagrama de Ishikawa ajuda a mantê-las organizadas, focadas e objetivas.
As categorias pré-definidas (como Mão de obra, Método, Material, Máquina, Meio Ambiente, Medição) direcionam os participantes para pensar sistematicamente sobre as possíveis causas. Isso evita distrações e garante que todas as áreas relevantes sejam consideradas.
Além disso, as “espinhas de peixe” fornecem um formato claro para documentar as causas, o que facilita a comunicação e a análise posteriores.
A natureza visual do diagrama de Ishikawa é uma de suas maiores vantagens. A representação gráfica das causas em forma de espinha de peixe torna a análise mais intuitiva.
Os participantes podem ver claramente como as causas se relacionam com o problema central, o que ajuda na identificação de conexões e padrões.
Além disso, a estrutura gráfica facilita a análise pós-reunião, permitindo que a equipe revise e priorize as causas de maneira mais eficiente.
Esse formato também é eficaz na comunicação com outras partes interessadas, como gerentes e equipes de suporte.
A análise de causas deve ser feita depois que o diagrama de Ishikawa estiver todo preenchido.
Para isso, reúna as pessoas tomadoras de decisão da empresa e peça para que cada uma indique as causas que mais impactam as suas áreas.
Depois, faça mais uma triagem, selecionando, entre elas, as que mais impactam o problema que precisa ser resolvido.
O próximo passo é criar um plano de ação para que você e o seu time resolvam essas causas. Lembre-se de sempre começar por aquela que causa mais impacto.
Que tal começar a montar o seu diagrama? Confira o passo a passo:
A imagem abaixo representa o gráfico a ser construído no processo de análise proposto por Ishikawa:
Depois de preenchido, o seu gráfico deve ficar assim:
Analisar detalhadamente as possíveis causas de um problema é a melhor forma de encontrar a principal delas. Com isso, você toma decisões mais acertadas, que vão ter maiores impactos no resultado.
O diagrama de Ishikawa é uma ferramenta que funciona como um guia para esse tipo de raciocínio. Por isso, acaba sendo muito valioso para os gestores que desejam ter uma visão ampla sobre o que acontece em suas operações.
Mas, para facilitar a sua vida como gestor, o ideal é um sistema ERP que facilite a sua gestão de dados e processos de forma simplificada e eficiente. Agende uma demonstração e saiba como a ferramenta da WebMais facilita o seu trabalho.
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