O avanço da tecnologia vem modificando as relações sociais profundamente, desde os meios de comunicação até as formas de trabalho. O mesmo acontece no mercado financeiro e, a novidade mais recente nesse sentido é o chamado Open Banking.
Com isso, a forma como você e a sua empresa se relacionam com as instituições financeiras irá mudar. Afinal, estas entidades estão sendo cada vez mais descentralizadas por meio das startups e fintechs.
Confira, no artigo de hoje, tudo o que você precisa saber sobre o Open Banking e como ele irá afetar a gestão financeira e empresarial do seu negócio. Boa leitura!
O open banking é um conceito de sistema financeiro aberto baseado em um compartilhamento padronizado de dados e serviços entre as instituições financeiras. Dessa forma, o poder de decisão fica concentrado nas mãos dos clientes, sejam pessoas físicas ou jurídicas.
A sua tradução literal é “banco aberto”, o que significa a abertura do sistema financeiro e a integração entre diferentes empresas. No Brasil, atualmente, o sistema bancário é bastante concentrado e as grandes instituições detêm as informações e dados financeiros dos clientes, monopolizando diversos serviços.
Com o open banking o mercado financeiro irá se abrir para novas soluções, já todas as instituições estarão integradas em um único sistema. Na prática, isso quer dizer que os clientes poderão movimentar suas contas por diferentes plataformas, não apenas pelo aplicativo ou site do seu banco.
Assim, o cliente é quem irá decidir quais instituições poderá compartilhar seus dados e ter acesso aos serviços, retomando o controle sobre suas informações. Dessa forma, o sistema financeiro se torna mais democrático, inovador e competitivo.
Para que você possa entender como o open banking irá funcionar, imagine que os bancos estejam conectados em um único ambiente. Nele, você pode escolher quais serviços deseja e ainda compartilhar seus dados quando quiser.
Esta conexão será feira por meio de APIs (Application Programming Interface), que funcionam como uma espécie de ponte, conectando diferentes sistemas e permitindo a troca de informações na rede.
Na prática, você poderá escolher os serviços financeiros em um grande marketplace online, no qual sua conta corrente no banco X, empréstimo na instituição Y e investimentos na corretora Z estarão integrados.
Dessa maneira, você compartilha os dados bancários da sua empresa de um banco, para conseguir taxas melhores em outro, por exemplo. Você poderá compartilhar informações como empréstimos tomados, investimentos realizados, seguros contratados e seus próprios dados pessoais.
É claro que as instituições só terão acesso aos dados após a autorização, autenticação e confirmação em conformidade com a Lei de Sigilo Bancário, a LGPD e outras legislações.
Assim, quem decide quais empresas poderão utilizar suas informações, para qual propósito e por quanto tempo é você.
O open banking irá revolucionar e simplificar a forma como as operações financeiras são feitas e gerenciadas atualmente. Com isso, você terá muito mais liberdade e autonomia para acompanhar, contratar ou decidir sobre serviços financeiros que estejam à sua disposição.
Assim, você terá um acesso muito mais rápido, podendo acompanhar em tempo real, os vários serviços que você possa precisar.
A implantação do open banking no Brasil começou em fevereiro de 2021, conforme divulgado no cronograma do Banco Central. Ela consiste em 4 etapas, como você vê a seguir:
Para integrar o ecossistema do open banking, existem algumas exigências. As instituições terão que ser supervisionadas pelo Banco Central, assim como autorizadas e reguladas por ele.
Há diversas financeiras autorizadas pelo Banco Central e já muito conhecidas, mas em geral são elas:
Pode parecer arriscado em um primeiro momento, pensar em compartilhar dados da sua empresa com várias instituições financeiras. Porém, todo este processo do open banking possui regulamentações de segurança garantidas pelo Banco Central.
Para poder participar, a instituição precisa comprovar suas políticas e ferramentas de proteção de dados e controles de acesso, além de testes e auditorias periódicos. Além disso, o envio e recebimento de informações dentro da plataforma está protegido pela Lei Complementar 105/2001 – a Lei do Sigilo Bancário – com ela é vetado o compartilhamento de dados para instituições não participantes.
Assim, todas as transações em torno dos dados compartilhados serão regulamentadas, inclusive pela LGPD. Ainda, a Resolução Conjunta 1/20 do Banco Central e do Conselho Monetário Nacional, que dispõe sobre a implementação deste sistema, garante que as instituições devem conduzir às atividades com responsabilidade e ética.
O open banking promete uma verdadeira revolução no sistema bancário brasileiro e trazer muitas vantagens para os empreendedores. O benefício mais evidente é o aumento da competitividade em um setor tão engessado e com pouca concorrência.
Isso quer dizer que empresas e startups financeiras – fintechs – poderão competir com os grandes bancos e criar produtos mais atrativos, inovadores e adequados às necessidades das empresas, como a sua.
Para o empresário do ramo financeiro, as oportunidades vão se multiplicar – mas a disputa pela atenção do cliente também será muito mais acirrada.
Já para o micro e pequeno empreendedor de outras áreas, a tendência é um aumento na oferta de serviços financeiros. Assim, a competitividade pode puxar as taxas para níveis mais justos, tornando os preços mais atrativos.
De modo geral, o open banking empodera o empreendedor no momento de contratar produtos e serviços financeiros, dando muito mais opções para otimizar a gestão financeira do negócio.
Ou seja: as empresas só têm a ganhar com a melhora no acesso ao crédito, queda das taxas dos serviços e várias opções de pagamentos digitais para trazer mais conveniência aos clientes.
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