Você já parou para pensar na importância do prazo de validade estar presente nas embalagens?
Mais do que uma simples data, ele é o resultado de estudos científicos, exigências legais e práticas que garantem que o produto seja seguro e mantenha suas características até o momento do consumo.
Além de proteger o consumidor, o prazo de validade impacta diretamente o planejamento produtivo e o cumprimento das normas da Anvisa.
Neste artigo, atualizado segundo o Guia 16 da Anvisa (versão 2025), você vai entender como é determinado o prazo de validade, quais fatores o influenciam e como um ERP para indústria pode facilitar esse controle nas empresas.


O prazo de validade indica o período em que o produto mantém suas características originais, como sabor, aroma e segurança microbiológica. Ele é definido pelo fabricante com base em testes e condições de armazenamento.
Na prática, o prazo de validade só é válido se o armazenamento seguir as orientações do fabricante. Produtos refrigerados ou congelados, por exemplo, exigem controle rigoroso de temperatura para manter a qualidade.
Após o vencimento, o produto pode sofrer alterações sensoriais e microbiológicas. Mesmo que pareça em boas condições, o consumo não é recomendado, pois a segurança alimentar não está mais garantida.
Além disso, o prazo de validade é essencial também para medicamentos. Esses produtos passam por estudos específicos e devem ser utilizados apenas dentro do período indicado pelo fabricante.
Portanto, entender como o prazo de validade é definido e respeitá-lo na prática é fundamental para garantir segurança, evitar desperdícios e manter a confiança entre fabricante e consumidor.
A legislação brasileira é clara quanto ao prazo de validade e à segurança dos produtos. O tema é regulado por normas da Anvisa, pelo Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990) e pela Lei nº 8.137/1990, que trata dos crimes contra as relações de consumo.
Conforme a Anvisa, o prazo de validade deve ser definido e comprovado tecnicamente pelo fabricante. A principal norma é a Resolução RDC nº 259/2002, que trata da rotulagem de alimentos embalados, complementada pela RDC nº 40/2001, voltada à responsabilidade técnica e ao controle da validade.
Além disso, a nova versão do Guia 16 (Anvisa, 2025) atualizou as orientações sobre a determinação do prazo. As principais mudanças reforçam o uso de testes acelerados de vida útil, a validação estatística dos resultados e a necessidade de documentação técnica detalhada.
Portanto, definir o prazo de validade é um processo técnico que envolve análises laboratoriais e métodos de simulação.
Por fim, esses estudos garantem que o produto permaneça seguro e estável até a data indicada pelo fabricante.
O prazo de validade de um produto depende de diferentes fatores que determinam sua estabilidade e segurança ao longo do tempo.
Esses fatores se dividem em intrínsecos (relacionados à composição) e extrínsecos (ligados ao ambiente e ao armazenamento).
Os fatores intrínsecos estão diretamente ligados às características internas do produto. Entre os principais, destacam-se:
Os fatores extrínsecos envolvem o ambiente, a manipulação e as condições de armazenamento. Entre eles:
Definir o prazo de validade é um processo técnico que envolve análises laboratoriais e métodos de simulação.
Esses estudos garantem que o produto permaneça seguro e estável até a data indicada pelo fabricante.
Os métodos aplicados combinam testes microbiológicos, físico-químicos e sensoriais, além de modelos preditivos e estudos acelerados.
Cada um tem um papel essencial na comprovação científica da validade.
Durante os estudos, vários fatores são considerados para determinar o tempo seguro de consumo:
Após os testes, o responsável técnico avalia todos os resultados e define o prazo de validade oficial.
Normalmente, é aplicada uma margem de segurança entre 10% e 20% abaixo da vida útil total observada.
Assim, o fabricante assegura que o produto mantenha sua qualidade até o consumo, reforçando a confiança do consumidor e o cumprimento das normas da Anvisa.
Além disso, sistemas ERP auxiliam nesse processo ao rastrear lotes, armazenar dados laboratoriais e monitorar prazos, tornando a análise mais eficiente e confiável.
O cálculo da validade parte de um estudo estruturado de shelf life, que inclui etapas como:
Ferramenta recomendada: uma calculadora de validade (planilha ou widget) pode ser oferecida ao leitor para facilitar estimativas simples, aumentando o tempo de permanência na página e o engajamento.

A Anvisa determina regras específicas sobre o prazo de validade e as informações obrigatórias nos rótulos dos produtos.
Essas normas garantem que o consumidor tenha acesso a dados claros e confiáveis sobre o que está comprando.
Segundo a Resolução RDC nº 259/2002, todo produto embalado deve indicar, de forma legível e visível:

A definição do prazo de validade é responsabilidade exclusiva do fabricante.
Para isso, a empresa realiza estudos de estabilidade que comprovam a segurança e a qualidade do produto até a data indicada.
Além disso, o fabricante deve informar as condições de conservação, que asseguram o cumprimento do prazo determinado.
Conforme a Anvisa, o rótulo deve conter informações essenciais que auxiliem o consumidor. Entre os principais requisitos estão:

Desde outubro de 2022, as resoluções RDC nº 429/2020 e IN nº 75/2020 introduziram mudanças importantes nos rótulos.
Essas normas exigem a exibição frontal de alertas como “alto em açúcares”, “alto em gordura saturada” e “alto em sódio”, tornando a leitura mais clara e objetiva.
Além disso, as empresas devem manter as artes de rotulagem arquivadas por dois anos após o fim do prazo de validade do produto.
Essa exigência garante rastreabilidade e facilita eventuais fiscalizações da Anvisa.
Mesmo com regras claras, algumas falhas ainda ocorrem nos rótulos. Entre os erros mais comuns estão:
Esses erros configuram infrações e podem gerar multas, apreensão de produtos e responsabilização do fabricante, conforme o Código de Defesa do Consumidor (art. 18).
| Tipo de Produto | Fatores Críticos | Validade Média |
|---|---|---|
| Laticínios (ex: iogurte) | Contaminação microbiana, refrigeração | 30 a 45 dias |
| Enlatados | pH, oxigênio residual | 12 a 24 meses |
| Cosméticos | pH, oxidação, embalagem | 24 a 36 meses |
| Vegetais processados | Umidade, manipulação | 5 a 10 dias |
| Suplementos | Umidade, exposição à luz | 24 meses |
Cada tipo de produto demanda um estudo específico, considerando formulação, embalagem e ambiente de venda.
Falhas em testes podem gerar recalls e perdas financeiras significativas.
Controlar prazos manualmente é ineficiente e arriscado.
Dessa maneira, o ERP WebMais automatiza todo o processo de gestão de produção, garantindo rastreamento completo desde a produção até a venda.
Principais benefícios:
Sim. Após o vencimento, há risco de contaminação e perda das características originais.
A vida útil é o tempo máximo de conservação; a validade é o prazo declarado, com margem de segurança.
Sim, desde que haja estudos laboratoriais e atualização de rótulo.
Comunicar o Procon e o fabricante; o consumidor tem direito à substituição imediata.
Sim, a vida útil é reduzida e deve seguir as instruções “consumir em até X dias após aberto”.
O prazo de validade é essencial para garantir segurança alimentar e confiança do consumidor.
Defini-lo corretamente evita desperdícios, assegura conformidade legal e reforça a credibilidade da marca.
Com o ERP WebMais, sua empresa pode automatizar o controle de prazos, reduzir perdas e manter total rastreabilidade em toda a cadeia produtiva.
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