O controle de qualidade é uma forma de verificar se os produtos criados por uma empresa atendem aos requisitos de qualidade e são seguros para uso pelos consumidores.
Dessa forma, a empresa consegue fazer melhores entregas e ainda garante a satisfação dos consumidores.
Atualmente, para verificar a qualidade de um produto, existe uma série de ferramentas e metodologias que podem ser aplicadas.
Então, neste artigo, vamos falar sobre algumas delas e mostrar a importância de fazer o controle de qualidade na empresa!
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O controle de qualidade é um conjunto de ações que verificam se um produto desenvolvido por determinada empresa atende aos padrões de qualidade e identificam problemas em sua fabricação.
Além disso, o controle de qualidade ajuda a equipe a enxergar mais adiante, antecipando possíveis desvios no processo de fabricação.
Assim, é possível fazer correções antes que esses problemas causem prejuízos para a empresa.
Por isso, pode ser aplicado em qualquer setor, em qualquer tipo de processo, incluindo inspeção, teste e garantia de qualidade.
O principal objetivo do controle de qualidade é garantir que um produto cumpra os seus requisitos mínimos de qualidade.
Além disso, também é preciso que funcione corretamente, seja livre de defeitos e seguro para os consumidores.
Por fim, é importante garantir que ele satisfaça as necessidades do cliente!
As ações de controle de qualidade também são utilizadas por empresas que desejam padronizar seus processos. A padronização traz muitas vantagens para as organizações, principalmente indústrias, como as de alimento, por exemplo.
Quando todos os processos são padronizados, o número de erros diminui, assim como o número de perdas e a incidência de retrabalho. Então, como consequência, a empresa consegue ser mais produtiva e criar produtos de maior qualidade.
Controlar a qualidade de tudo o que é produzido na empresa traz muitos benefícios, que podem ser sentidos em todos os níveis da organização. Conheça os principais dentre eles:
As estratégias de controle de qualidade podem variar bastante de uma empresa para a outra, pois é necessário considerar suas particularidades antes de escolher o método mais adequado.
Mas, de modo geral, o controle sempre envolverá a testagem de produtos e a sua avaliação de acordo com os requisitos mínimos estabelecidos para cada um deles.
Se os produtos forem aprovados nos testes serão enviados para a venda. Mas, se reprovados, a equipe responsável pelo controle deverá indicar quais são os defeitos encontrados para serem estudadas possíveis melhorias nos processos de fabricação.
A seguir, conheça as principais etapas do controle de qualidade!
O resultado da análise de processos é o desenho do fluxo de atividades de produção, indicando aquelas que são consideradas gargalos ou têm desempenho abaixo do esperado.
Assim, ao analisar cada processo, é possível identificar pontos de melhoria e avaliar questões como custos, tempo, qualidade e impacto de cada processo no resultado.
Esta é a etapa mais desafiadora da gestão de qualidade, mas uma das que podem trazer melhores impactos no resultado. Então, corrigir falhas é um processo que deve envolver todo o time, inclusive as pessoas que trabalham com o processo em questão no seu dia a dia.
Primeiramente, é preciso conversar com o time e explicar qual é a falha e o que será feito para corrigi-la. É importante conscientizar a equipe sobre a importância da melhoria, para que todos se engajem nas atividades propostas.
A correção de falhas está diretamente relacionada à capacitação de pessoas, por isso, se for necessário, ofereça os treinamentos indicados para as pessoas terem os conhecimentos que precisam para melhorar o seu desempenho no trabalho.
Desenvolver produtos de qualidade também está relacionado à satisfação do cliente. Isso porque, quanto mais satisfeitos os consumidores estiverem, maiores as chances de fidelização e indicação para pessoas conhecidas.
Assim, é imprescindível ter canais de comunicação com os clientes, por meio dos quais ele possa fazer reclamações, resolver problemas, tirar dúvidas ou até mesmo fazer elogios.
Além disso, é muito importante fornecer previamente todas as informações que alguém precisa para fazer bom uso do produto, como instruções de utilização, cuidados e conservação.
Existem muitas ferramentas de controle de qualidade para identificar, analisar e resolver problemas nessa parte, sendo as mais famosas:
Abaixo, vamos falar de forma mais aprofundada sobre duas delas: Ciclo PDCA e Diagrama de Pareto!
O Diagrama de Pareto é uma representação gráfica da Lei de Pareto, também conhecida como princípio 80-20.
De acordo com o conceito, 80% dos resultados decorrem de 20% das ações.
Portanto, cabe ao time de controle de qualidade descobrir quais são esses 20% de ações que trazem mais resultados e trabalhar para que sejam otimizadas.
Mas, para isso, é preciso coletar dados, organizá-los e analisá-los cuidadosamente. Dessa forma, é possível identificar também quais são as principais causas para os maiores problemas da empresa e traçar planos para corrigi-los.
Vamos aplicar na prática. Imagine que uma distribuidora de bebidas está preocupada com o aumento do número de reclamações de clientes sobre a qualidade dos produtos.
O time de controle de qualidade decide utilizar o Diagrama de Pareto para identificar as principais causas das reclamações.
Para isso, são coletados dados sobre as reclamações registradas nos últimos seis meses. Depois, são organizados em um gráfico de barras, com as causas das reclamações na horizontal e a frequência de ocorrência na vertical.
O gráfico mostra que as principais causas são:
Então, a partir desses resultados, é possível encontrar as ações prioritárias que devem ser tomadas para melhorar a qualidade das bebidas, como:
O Ciclo PDCA é uma ferramenta de gestão de qualidade que tem como principal objetivo trazer melhorias contínuas aos processos de uma empresa.
PDCA é a sigla para Plan, Do, Check, Act, que, na tradução, significa planejar, fazer, checar e agir.
Em resumo, é uma metodologia flexível que pode ser aplicada a qualquer processo, em qualquer setor. Saiba mais, a seguir, sobre cada uma das etapas.
A primeira etapa define o objetivo do processo, identifica os problemas ou oportunidades de melhoria, coleta dados e informações, e elabora um plano de ação.
Em outras palavras, para definir o objetivo do processo, é importante considerar as necessidades dos clientes e as expectativas da organização.
Os problemas ou oportunidades de melhoria podem ser identificados por meio de pesquisas, entrevistas, análise de dados e outros métodos.
Assim, a coleta de dados é importante para compreender a situação atual do processo. O plano de ação deve especificar as ações a serem tomadas, os responsáveis por cada ação, os prazos e os recursos necessários.
Vamos exemplificar com uma indústria de alimentos:
Definição do objetivo
Reduzir o desperdício de alimentos na linha de produção de salgadinhos em 20%.
Identificação dos problemas
Coleta de dados e informações
Elaboração do plano de ação
Na segunda etapa, é preciso colocar em prática o plano de ação elaborado na etapa anterior. É importante que todos os envolvidos no processo estejam alinhados com o plano de ação e que tenham as habilidades e os recursos necessários para executá-lo.
Por exemplo, no caso da indústria de alimentos, é importante que todos saibam exatamente sobre suas responsabilidades em cada tarefa para alcançar o objetivo final.
A terceira etapa verifica se os resultados alcançados estão de acordo com o objetivo do processo.
Para isso, é preciso coletar dados e informações sobre o desempenho do processo, para serem usados para comparar os resultados alcançados com os objetivos estabelecidos.
No nosso exemplo de uma indústria de alimentos, o controle seria obter os resultados sobre o desempenho do processo após a implementação das mudanças.
Nesta etapa, é preciso tomar ações corretivas, se necessário. Se os resultados alcançados não estiverem de acordo com o objetivo do processo, é preciso identificar as causas dos problemas e tomar ações para corrigi-los.
As ações corretivas podem incluir mudanças no processo, nos recursos ou nas pessoas envolvidas no processo.
Seguindo nosso exemplo, se for identificado que o fornecedor não oferece materiais resistentes para desenvolver a embalagem, é preciso mudar para outra empresa que ofereça qualidade, para resolver o problema de uma vez por todas.
ISO 9000 é uma série de normas internacionais criadas com o objetivo de estabelecer requisitos e recomendações de qualidade, além de indicar a forma mais adequada de gerenciar operações em uma empresa.
Seguir as normas da ISO 9000 é uma forma de garantir a qualidade dos produtos, assim como a segurança nos processos de fabricação.
Mas, para receber as certificações ISO 9000, a empresa deve cumprir alguns requisitos, como:
O processo de certificação não é rápido e nem simples, mas dá à empresa mais credibilidade perante o mercado, pois essa é uma forma de comprovar o seu compromisso com a qualidade.
A ISO 9001, embora não mencione explicitamente o termo “controle de qualidade”, aborda o conceito por meio de suas diretrizes para as operações de uma empresa.
Para estabelecer um controle de qualidade eficaz de acordo com a ISO 9001, é necessário realizar os passos a seguir!
Identificar e compreender os requisitos internos da organização, bem como os requisitos estatutários e regulamentares aplicáveis, é o primeiro passo.
Nesse caso, considere diferentes fontes, como dos clientes, com as expectativas e necessidades deles, ou de outras partes interessadas, como fornecedores, reguladores e acionistas.
Uma vez apontados, avalie a capacidade em atendê-los. É importante não fazer promessas que não possam ser cumpridas. Portanto, analise sua capacidade operacional, recursos disponíveis e restrições.
Além disso, a ISO 9001 requer a documentação dos requisitos, retendo-os como informação documentada. Em outras palavras, os registros para serem compreendidos e implementados corretamente.
Outro aspecto importante é a comunicação com os clientes. Então, estabeleça canais eficazes de comunicação para os requisitos deles serem adequadamente entendidos e ter uma troca de informações clara e precisa.
Assegure que a empresa tenha pessoas, ferramentas e processos adequados para cumprir com os requisitos estabelecidos anteriormente.
Para tanto, é necessário adotar a mentalidade de risco. Ou seja, identificar os riscos potenciais que podem afetar a qualidade do produto ou serviço e implementar ações preventivas para mitigá-los.
Essa ação envolve uma abordagem proativa, buscando evitar desvios e problemas antes que eles ocorram, em vez de apenas reagir a eles depois que ocorrem.
Além disso, se a metrologia – uso de técnicas de medição confiáveis para verificar o atendimento dos requisitos de qualidade –, identificação e rastreabilidade – rastreio dos materiais desde a origem ao produto final – forem necessárias para garantir o controle de qualidade, é importante estabelecer um sistema para lidar com esses aspectos.
Esse passo envolve definir e implementar os procedimentos e práticas a serem utilizados para controlar a qualidade dos produtos ou serviços da organização.
Sendo assim, nesse processo, é necessário responder a várias perguntas importantes relacionadas ao controle de qualidade. Algumas delas são:
Com base nas respostas, o negócio poderá formalizar os fluxos de controle de qualidade em procedimentos. Eles podem ser complementados com instruções mais detalhadas e checklists para orientar a equipe.
Aliás, é fundamental treiná-la para ter a competência necessária para realizar as atividades de controle de forma adequada. O treinamento deve ser contínuo para evitar o relaxamento ao longo do tempo.
Quando uma não conformidade é identificada em qualquer etapa do controle de qualidade, é necessário definir as ações apropriadas a serem tomadas.
Isso inclui identificar as não conformidades prováveis com base em análises de risco e estabelecer protocolos de ação para elas.
Além disso, é importante considerar as que não foram previamente contempladas nos protocolos determinados.
É crucial considerar, também, aquelas que podem ser relatadas pelos clientes após a entrega dos produtos ou serviços.
Nesses casos, é necessário determinar as ações corretivas apropriadas, como segregação e correção dos produtos não conformes.
Por fim, a ISO 9001 requer que o negócio retenha informação documentada sobre as não conformidades. Isto é, é preciso registrá-las, incluindo uma descrição detalhada do que ocorreu, das ações tomadas para corrigi-la e das concessões obtidas.
Se a organização utiliza componentes ou serviços fornecidos por terceiros em seu processo produtivo, é necessário estabelecer controles de qualidade para garantir a conformidade.
Especificar as características, tolerâncias e outros critérios de qualidade que os elementos devem atender faz parte desse passo. Tudo isso deve ser comunicado aos fornecedores e deve ser considerado na seleção deles.
Além disso, é preciso realizar inspeções de recebimento, amostragem de lotes, testes de qualidade ou qualquer outra atividade necessária para verificar a conformidade dos componentes ou serviços.
Se houver não conformidades, coloque em prática o que foi definido no tópico anterior. Para evitar complicações, a comunicação com os provedores deve ser clara para tomar ações corretivas juntos.
Aqui, você precisa monitorar e avaliar regularmente os processos de controle de qualidade para garantir sua eficácia.
Uma forma de fazer isso é por meio de auditorias internas. Elas fornecem uma fonte valiosa de informações e feedback sobre os processos para saber o que deve ser melhorado.
Também é importante fazer análises críticas com revisões periódicas, análise de desempenho, dentre outras fontes relevantes para implementar ações corretivas ou preventivas necessárias.
Se houver modificações nos requisitos de controle de qualidade devido a observações encontradas, a documentação relacionada a eles deve ser atualizada.
É possível e recomendado adotar o controle de qualidade de todos os setores e em empresas de todos os portes. Vamos a dois exemplos.
Na indústria, o controle de qualidade precisa assegurar que as mercadorias atendam aos requisitos de qualidade pré-estabelecidos. Por isso, pode acontecer da seguinte forma:
As distribuidoras são empresas responsáveis por receber, armazenar e distribuir produtos de diversos tipos. Nelas, o controle de qualidade acontece diferente:
Fazer um bom controle de qualidade é uma forma de garantir produtos sem defeitos, processos mais eficientes, equipe mais engajada e clientes satisfeitos. Para conseguir usufruir desses benefícios, é preciso seguir algumas boas práticas.
Uma delas é estar constantemente aplicando melhorias aos processos da empresa, assim como acompanhar as reclamações e os feedbacks dos clientes.
Também é importante estar sempre analisando os resultados das ações aplicadas, de modo a encontrar aquelas que geram mais resultados com menos esforços.
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