Você Sabe O Que É OPT? Entenda O Conceito E Veja Benefícios

O que é OPT?

Você já se questionou sobre como otimizar a produção na sua indústria? Então, é provável ter se deparado com a OPT.

Apesar de parecer complexa à primeira vista, é uma abordagem inovadora com potencial para revolucionar a gestão da produção.

Neste texto, vamos explorar mais sobre esse tema para que você possa entender melhor e usar na sua indústria. A metodologia é excelente para o setor e traz muitos benefícios, os quais veremos a seguir.

Mas, quer partir logo para ação? Então conheça o sistema ERP industrial da WebMais!

Agende uma demonstração gratuita, entenda como o ERP para indústrias traz uma visão unificada das operações e como isso contribui para tornar a produção mais eficiente.

Agora, vamos ao texto!

Banner demonstração sistema indústria Webmais

O Que É O OPT?

Em poucas palavras, o OPT é um sistema de gerenciamento de produção para maximizar a rentabilidade da empresa por meio da otimização do fluxo de processos.

O Que Significa A Sigla OPT?

Sem enrolação, OPT é a sigla para Optimized Production Technology (Tecnologia de Produção Otimizada em português). Na prática, a sigla significa que otimiza os esforços da empresa para um bem maior: a lucratividade.

Como Surgiu?

A história do OPT tem início nos anos 70, com o físico israelense Eliyahu M. Goldratt. Motivado por desafios em sua própria experiência com logística de produção, Goldratt começou a desenvolver um método para otimizar o fluxo de produção.

Nos anos 80, Goldratt publicou o livro “A Meta”, que conta a história de um gerente de produção que utiliza os princípios do OPT para transformar sua empresa. O livro se tornou um best-seller e popularizou o sistema.

Com o tempo, a filosofia do OPT se expandiu e se transformou na Teoria das Restrições (TOC), um conjunto abrangente de ferramentas e princípios para gerenciar empresas e processos complexos.

Como Funciona O OPT?

Inicialmente, o OPT identifica todos os recursos usados nos processos de produção, assim como quaisquer restrições que possam limitar a produção.

Após isso, é otimizado o fluxo de trabalho em torno desses gargalos, tornando a produção mais fluída. O foco é manter o movimento dos materiais e informações através do sistema de produção, evitando paradas.

O OPT utiliza métricas específicas para avaliar o desempenho do sistema de produção, como o Throughput (Taxa de Rendimento), que mede a quantidade de produto acabado gerado pelo sistema em um determinado período.

Quais Os Princípios Da OPT?

Dominar os princípios do OPT transforma seus processos com mais eficiência, produtividade, competitividade e lucratividade. Dentre eles, temos:

  • equilíbrio do fluxo: priorizar o fluxo de produção através dos gargalos, não a capacidade individual de cada etapa;
  • gargalo como foco: o gargalo dita o ritmo da produção, então a otimização deve focar nele;
  • eliminar desperdícios: tempo e recursos em áreas que não são gargalos são desperdícios;
  • lotes flexíveis: adaptar o tamanho dos lotes conforme as necessidades do gargalo;
  • capacidade limitada: a capacidade do sistema é definida pelo seu gargalo mais fraco;
  • eficiência influenciada: a eficiência de cada etapa depende do gargalo, não apenas do seu potencial.

Qual O Objetivo Do Sistema OPT?

Em resumo, o sistema OPT maximiza o fluxo de produtos na produção através da otimização dos gargalos, pontos que engarrafam o processo e impedem a fluidez da produção.

Para Que Serve?

O OPT serve para ‘desengarrafar’ a produção e aumentar a eficiência geral. Ele identifica os pontos críticos que limitam a produção e concentra esforços para otimizá-los, garantindo um fluxo suave de produtos do início ao fim.

Benefícios Da Aplicação Da Metodologia OPT?

Até aqui já deu para perceber o quanto o OPT pode ser vantajoso para sua indústria. Mas, se ainda não está claro para você, entre os benefícios, temos:

  • maior fluxo de produtos (throughput);
  • redução de custos (desperdícios e estoques);
  • melhoria da qualidade (menos erros);
  • maior lucratividade;
  • adaptação rápida a mudanças de mercado;
  • visibilidade completa da produção (indicadores e análises);
  • cultura de melhoria contínua;
  • redução do tempo de ciclo (produtividade);
  • estoques otimizados (menor custo e rupturas);
  • maior satisfação dos clientes (qualidade, prazo e preço).

As 10 Regras Da OPT

A OPT melhora sua empresa. Mas como? Por meio de 10 regras simples que transformam a maneira como você gerencia seus recursos e processos!

Então, vamos desvendar cada uma delas de um jeito descomplicado.

1. Utilização E Ativação De Um Recurso Não São Sinônimos

Muitas vezes, é possível confundir utilização com ativação. Um recurso está utilizado quando está em operação, mas nem sempre está ativado para contribuir com o fluxo do sistema.

A OPT enfatiza a importância de focar na ativação, que representa o tempo em que o recurso realmente agrega valor ao processo e impacta o gargalo.

Em outras palavras, só porque uma máquina está ligada não significa que ela está ajudando a atingir o objetivo. A OPT aponta quais equipamentos realmente trabalham.

2. O Nível De Utilização De Um Recurso Não É Determinado Pelo Seu Potencial Próprio

A capacidade individual de um recurso não gargalo não define seu nível de utilização. A OPT esclarece que esse nível é determinado pelo gargalo do sistema.

Dessa forma, garante que os recursos não gargalos trabalhem em sincronia com o gargalo, evitando desperdício e otimizando o fluxo.

Basicamente, ter uma máquina superpotente não garante que a fábrica produzirá mais. A OPT te mostra como fazer todas elas trabalharem juntos no mesmo ritmo.

3. Uma Hora Perdida No Gargalo É Uma Hora Perdida Para O Sistema Total

O tempo vale muito na OPT. Cada minuto perdido no gargalo impacta diretamente a produtividade total do sistema. Essa regra reforça a importância de manter o gargalo funcionando e livre de interrupções, priorizando-o acima de tudo.

4. Uma Hora Economizada Em Um Processo/Recurso Sem Gargalo É Uma Miragem

Economizar tempo em um recurso não gargalo pode parecer vantajoso, mas na realidade, essa economia é ilusória.

A OPT revela que, como o gargalo limita a taxa de transferência do sistema, otimizar recursos não gargalos não gera impacto real no resultado.

Portanto, a meta é focar nos pontos-chave da produção e otimizar o que realmente importa.

5. O Gargalo Controla A Taxa De Transferência E O Inventário No Sistema

O gargalo controla a produção. Ele determina a velocidade com que o sistema opera e influencia diretamente o nível de inventário de estoque, isto é, quanto de cada produto é feito.

Ilustração de duas mulheres trabalhando em uma linha de produção mecanizada, e o texto: "As 10 regras da OPT

1 - Utilização de ativação de um recurso não são sinônimos
2 - O nível de utilização de um recurso não é determinado pelo seu potencial próprio
3 - Uma hora perdida no gargalo é uma hora perdida para o sistema total
4 - Uma hora economizada em um processo/recurso sem gargalo é uma miragem
5 - O gargalo controla a taxa de transferência e o inventário no sistema
6 - O tamanho do lote de transferência não deve necessariamente ser igual à produção tamanho do batch
7 - O tamanho do lote de produção não deve ser o mesmo de um estágio para outro no processo
8 - Capacidade e prioridade devem ser consideradas simultaneamente
9 - Equilíbrio de fluxo, não capacidade
10 - A soma das ótimas locais não é igual à ótima do todo"

A OPT destaca a importância de focar no gargalo para controlar o fluxo e minimizar o estoque, otimizando o capital de giro da empresa.

6. O Tamanho Do Lote De Transferência Não Deve Necessariamente Ser Igual À Produção Tamanho Do Batch

Normalmente, os gestores pensam que o tamanho do lote de itens que você move de uma etapa do processo para outra deve ser o mesmo que o tamanho do lote que você produz. Mas a abordagem de OPT desafia essa ideia.

O que a OPT sugere é que o tamanho do lote que você transfere de uma etapa para outra deve ser diferente, ajustado segundo as particularidades do seu sistema.

O objetivo é reduzir o tempo levado para preparar uma nova produção (setup).

7. O Tamanho Do Lote De Produção Não Deve Ser O Mesmo De Um Estágio Para Outro No Processo

Similarmente ao lote de transferência, o tamanho do lote de produção também não precisa ser uniforme em todos os estágios do processo.

A OPT propõe a análise individualizada de cada etapa. Também define o tamanho ideal do lote com base em fatores específicos como tempo de setup, capacidade de armazenamento e necessidades do gargalo.

8. Capacidade E Prioridade Devem Ser Consideradas Simultaneamente

Ao gerenciar os recursos, a OPT enfatiza a necessidade de considerar simultaneamente a capacidade e a prioridade.

Essa visão holística garante que os recursos sejam utilizados eficientemente, priorizando aqueles que geram maior impacto no gargalo e no fluxo do sistema.

9. Equilíbrio De Fluxo, Não Capacidade

A OPT desafia o paradigma de equilíbrio de capacidade, onde todos os recursos são operados no mesmo nível. Otimizar cada etapa sozinha não garante o melhor resultado.

Em vez disso, propõe o equilíbrio de fluxo, onde o foco está em manter o gargalo ativo e os demais recursos trabalhando em sincronia com ele, otimizando o fluxo total do sistema.

10. A Soma Das Ótimas Locais Não É Igual À Ótima Do Todo

Otimizar cada recurso individualmente não garante a otimização do sistema todo. A OPT ressalta que a busca por soluções genéricas pode levar a resultados ótimos.

Considere a interdependência dos recursos e busque a solução holística que maximize o fluxo total do sistema.

Módulos De Um OPT

Podemos conhecer os módulos básicos de um OPT para entender como ele gera planos de produção e cronogramas detalhados. Vamos lá.

Buildnet

O Buildnet transforma dados em um modelo digital da sua fábrica, permitindo uma visão completa e dinâmica da sua operação.

Com base em informações sobre recursos, roteiros, materiais, inventários e previsibilidade de vendas, o Buildnet entrega um modelo em forma de rede, mapeando todas as etapas da produção e seus inter-relacionamentos.

Servir

Assim como o MRP, o módulo “servir” organiza e planeja as tarefas da sua produção. Mas, ele tem um foco especial: identificar os recursos que estão trabalhando mais do que o normal.

Por meio de um relatório detalhado para cada um deles, revela quais estão sobrecarregados e podem estar causando lentidão em todo o processo.

Ilustração de um monitor de computador, com 4 retângulos em tons de laranja na tela, e o texto: "Módulos básicos de um OPT

- Buildnet
- Servir
- Divisão
- Cérebro"

Mas não se preocupe, o módulo costuma ir além! Ao apontar um gargalo, ele dá dicas valiosas de como contorná-lo.

Uma das soluções mais simples, mas muitas vezes eficazes, é realocar as tarefas da máquina mais utilizada para outra, aliviando o congestionamento e otimizando o fluxo de trabalho.

Divisão

O modelo de organização do chão de fábrica se assemelha a uma rede com duas camadas distintas: os recursos críticos e os não críticos.

No primeiro, estão os gargalos da produção que definem o ritmo e atendem aos pedidos dos clientes. Já no segundo, estão os demais recursos importantes, mas com impacto menos direto na produção final.

A divisão em duas camadas facilita a gestão e otimização do chão de fábrica, permitindo que os esforços sejam direcionados de forma mais eficiente para os pontos mais críticos do processo.

Cérebro

O “cérebro” se encarrega de gerenciar as operações nos pontos críticos da rede, definindo os tamanhos ideais dos lotes de produção e transferência.

Além disso, também determina o tempo de produção necessário para cada produto nessas áreas de gargalo.

As decisões tomadas por esse módulo são então repassadas para o módulo principal do OPT, que, munido dessas informações estratégicas, elabora o plano mestre de produção completo.

Possíveis Problemas Do Sistema OPT

Antes de implementar o sistema OPT, é importante avaliar os riscos e benefícios da metodologia. É possível que você encontre problemas, como:

  • implementação complexa: exige treinamento extenso e mudanças significativas nos processos;
  • falta de flexibilidade: dificuldade em se adaptar a mudanças repentinas;
  • foco no curto prazo: pode negligenciar investimentos de longo prazo;
  • desconsideração de fatores humanos: importante motivar e engajar os funcionários;
  • dificuldade de medição: estabelecer métricas para avaliar o sucesso;
  • resistência à mudança: comunicar os benefícios e envolver os stakeholders;
  • falta de integração com outros sistemas: avaliar a compatibilidade antes da implementação;
  • custos de implementação: realizar um estudo de viabilidade;
  • manutenção contínua: requer compromisso contínuo de tempo e recursos.
BANNER Quer sua gestão livre de problemas e muito mais produtiva? Conheça o ERP WebMais!

Conclusão

De fato, o OPT revoluciona a eficiência da produção. Ao focar em gargalos que podem aparecer com frequência, a tecnologia entrega diversas vantagens, como você pôde ver ao longo do conteúdo.

Para implementar a OPT com sucesso, considere utilizar um sistema de gestão, como o ERP da WebMais, que auxilia no fornecimento de informações sobre os materiais, equipamentos e processos. Agende uma demonstração gratuita agora mesmo!

Imagem de Sanon Matias
Sanon Matias

Fundador da WebMais Sistemas, Sanon Matias Fortunato possui mais de 25 anos de experiência em diversas vertentes das tecnologias e gestão empresarial, com ênfase em Indústria e Distribuição.

Amplie sua visão de negócio!

Descubra como aplicar novas estratégias de gestão na sua empresa!