Você já se questionou sobre como otimizar a produção na sua indústria? Então, é provável ter se deparado com a OPT.
Apesar de parecer complexa à primeira vista, é uma abordagem inovadora com potencial para revolucionar a gestão da produção.
Neste texto, vamos explorar mais sobre esse tema para que você possa entender melhor e usar na sua indústria. A metodologia é excelente para o setor e traz muitos benefícios, os quais veremos a seguir.
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Agora, vamos ao texto!
Em poucas palavras, o OPT é um sistema de gerenciamento de produção para maximizar a rentabilidade da empresa por meio da otimização do fluxo de processos.
Sem enrolação, OPT é a sigla para Optimized Production Technology (Tecnologia de Produção Otimizada em português). Na prática, a sigla significa que otimiza os esforços da empresa para um bem maior: a lucratividade.
A história do OPT tem início nos anos 70, com o físico israelense Eliyahu M. Goldratt. Motivado por desafios em sua própria experiência com logística de produção, Goldratt começou a desenvolver um método para otimizar o fluxo de produção.
Nos anos 80, Goldratt publicou o livro “A Meta”, que conta a história de um gerente de produção que utiliza os princípios do OPT para transformar sua empresa. O livro se tornou um best-seller e popularizou o sistema.
Com o tempo, a filosofia do OPT se expandiu e se transformou na Teoria das Restrições (TOC), um conjunto abrangente de ferramentas e princípios para gerenciar empresas e processos complexos.
Inicialmente, o OPT identifica todos os recursos usados nos processos de produção, assim como quaisquer restrições que possam limitar a produção.
Após isso, é otimizado o fluxo de trabalho em torno desses gargalos, tornando a produção mais fluída. O foco é manter o movimento dos materiais e informações através do sistema de produção, evitando paradas.
O OPT utiliza métricas específicas para avaliar o desempenho do sistema de produção, como o Throughput (Taxa de Rendimento), que mede a quantidade de produto acabado gerado pelo sistema em um determinado período.
Dominar os princípios do OPT transforma seus processos com mais eficiência, produtividade, competitividade e lucratividade. Dentre eles, temos:
Em resumo, o sistema OPT maximiza o fluxo de produtos na produção através da otimização dos gargalos, pontos que engarrafam o processo e impedem a fluidez da produção.
O OPT serve para ‘desengarrafar’ a produção e aumentar a eficiência geral. Ele identifica os pontos críticos que limitam a produção e concentra esforços para otimizá-los, garantindo um fluxo suave de produtos do início ao fim.
Até aqui já deu para perceber o quanto o OPT pode ser vantajoso para sua indústria. Mas, se ainda não está claro para você, entre os benefícios, temos:
A OPT melhora sua empresa. Mas como? Por meio de 10 regras simples que transformam a maneira como você gerencia seus recursos e processos!
Então, vamos desvendar cada uma delas de um jeito descomplicado.
Muitas vezes, é possível confundir utilização com ativação. Um recurso está utilizado quando está em operação, mas nem sempre está ativado para contribuir com o fluxo do sistema.
A OPT enfatiza a importância de focar na ativação, que representa o tempo em que o recurso realmente agrega valor ao processo e impacta o gargalo.
Em outras palavras, só porque uma máquina está ligada não significa que ela está ajudando a atingir o objetivo. A OPT aponta quais equipamentos realmente trabalham.
A capacidade individual de um recurso não gargalo não define seu nível de utilização. A OPT esclarece que esse nível é determinado pelo gargalo do sistema.
Dessa forma, garante que os recursos não gargalos trabalhem em sincronia com o gargalo, evitando desperdício e otimizando o fluxo.
Basicamente, ter uma máquina superpotente não garante que a fábrica produzirá mais. A OPT te mostra como fazer todas elas trabalharem juntos no mesmo ritmo.
O tempo vale muito na OPT. Cada minuto perdido no gargalo impacta diretamente a produtividade total do sistema. Essa regra reforça a importância de manter o gargalo funcionando e livre de interrupções, priorizando-o acima de tudo.
Economizar tempo em um recurso não gargalo pode parecer vantajoso, mas na realidade, essa economia é ilusória.
A OPT revela que, como o gargalo limita a taxa de transferência do sistema, otimizar recursos não gargalos não gera impacto real no resultado.
Portanto, a meta é focar nos pontos-chave da produção e otimizar o que realmente importa.
O gargalo controla a produção. Ele determina a velocidade com que o sistema opera e influencia diretamente o nível de inventário de estoque, isto é, quanto de cada produto é feito.
A OPT destaca a importância de focar no gargalo para controlar o fluxo e minimizar o estoque, otimizando o capital de giro da empresa.
Normalmente, os gestores pensam que o tamanho do lote de itens que você move de uma etapa do processo para outra deve ser o mesmo que o tamanho do lote que você produz. Mas a abordagem de OPT desafia essa ideia.
O que a OPT sugere é que o tamanho do lote que você transfere de uma etapa para outra deve ser diferente, ajustado segundo as particularidades do seu sistema.
O objetivo é reduzir o tempo levado para preparar uma nova produção (setup).
Similarmente ao lote de transferência, o tamanho do lote de produção também não precisa ser uniforme em todos os estágios do processo.
A OPT propõe a análise individualizada de cada etapa. Também define o tamanho ideal do lote com base em fatores específicos como tempo de setup, capacidade de armazenamento e necessidades do gargalo.
Ao gerenciar os recursos, a OPT enfatiza a necessidade de considerar simultaneamente a capacidade e a prioridade.
Essa visão holística garante que os recursos sejam utilizados eficientemente, priorizando aqueles que geram maior impacto no gargalo e no fluxo do sistema.
A OPT desafia o paradigma de equilíbrio de capacidade, onde todos os recursos são operados no mesmo nível. Otimizar cada etapa sozinha não garante o melhor resultado.
Em vez disso, propõe o equilíbrio de fluxo, onde o foco está em manter o gargalo ativo e os demais recursos trabalhando em sincronia com ele, otimizando o fluxo total do sistema.
Otimizar cada recurso individualmente não garante a otimização do sistema todo. A OPT ressalta que a busca por soluções genéricas pode levar a resultados ótimos.
Considere a interdependência dos recursos e busque a solução holística que maximize o fluxo total do sistema.
Podemos conhecer os módulos básicos de um OPT para entender como ele gera planos de produção e cronogramas detalhados. Vamos lá.
O Buildnet transforma dados em um modelo digital da sua fábrica, permitindo uma visão completa e dinâmica da sua operação.
Com base em informações sobre recursos, roteiros, materiais, inventários e previsibilidade de vendas, o Buildnet entrega um modelo em forma de rede, mapeando todas as etapas da produção e seus inter-relacionamentos.
Assim como o MRP, o módulo “servir” organiza e planeja as tarefas da sua produção. Mas, ele tem um foco especial: identificar os recursos que estão trabalhando mais do que o normal.
Por meio de um relatório detalhado para cada um deles, revela quais estão sobrecarregados e podem estar causando lentidão em todo o processo.
Mas não se preocupe, o módulo costuma ir além! Ao apontar um gargalo, ele dá dicas valiosas de como contorná-lo.
Uma das soluções mais simples, mas muitas vezes eficazes, é realocar as tarefas da máquina mais utilizada para outra, aliviando o congestionamento e otimizando o fluxo de trabalho.
O modelo de organização do chão de fábrica se assemelha a uma rede com duas camadas distintas: os recursos críticos e os não críticos.
No primeiro, estão os gargalos da produção que definem o ritmo e atendem aos pedidos dos clientes. Já no segundo, estão os demais recursos importantes, mas com impacto menos direto na produção final.
A divisão em duas camadas facilita a gestão e otimização do chão de fábrica, permitindo que os esforços sejam direcionados de forma mais eficiente para os pontos mais críticos do processo.
O “cérebro” se encarrega de gerenciar as operações nos pontos críticos da rede, definindo os tamanhos ideais dos lotes de produção e transferência.
Além disso, também determina o tempo de produção necessário para cada produto nessas áreas de gargalo.
As decisões tomadas por esse módulo são então repassadas para o módulo principal do OPT, que, munido dessas informações estratégicas, elabora o plano mestre de produção completo.
Antes de implementar o sistema OPT, é importante avaliar os riscos e benefícios da metodologia. É possível que você encontre problemas, como:
De fato, o OPT revoluciona a eficiência da produção. Ao focar em gargalos que podem aparecer com frequência, a tecnologia entrega diversas vantagens, como você pôde ver ao longo do conteúdo.
Para implementar a OPT com sucesso, considere utilizar um sistema de gestão, como o ERP da WebMais, que auxilia no fornecimento de informações sobre os materiais, equipamentos e processos. Agende uma demonstração gratuita agora mesmo!
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