O Bloco K do SPED Fiscal é uma das obrigações acessórias mais importantes para empresas da indústria e do comércio atacadista no Brasil.
Ele foi criado para a Receita Federal ter maior controle sobre a produção e os estoques, reduzindo riscos de fraudes e inconsistências na apuração de tributos.
Em 2025, novas fases da obrigatoriedade entram em vigor, ampliando o número de empresas que precisam se adequar ao Bloco K.
Isso gera dúvidas frequentes: quem deve entregar? Quais informações são exigidas? O que acontece em caso de erro ou atraso?
Por isso, neste artigo, você terá um guia completo e atualizado sobre o Bloco K em 2025, com explicações práticas, exemplos, tabela de registros e dicas para evitar multas.
O Bloco K é a parte da EFD ICMS/IPI, conhecida como SPED Fiscal, que registra a produção e o controle de estoque das empresas.
De forma resumida, ele foi criado para digitalizar e padronizar informações que antes eram prestadas no Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque (RCPE).
Nesse bloco, a empresa deve informar dados como consumo de insumos, quantidade produzida, movimentações internas e estoques escriturados.
Portanto, o Bloco K permite que a Receita Federal e as SEFAZ estaduais acompanhem de forma mais precisa a gestão de estoque e os processos produtivos.
Além disso, a obrigatoriedade amplia a transparência fiscal e reduz riscos de inconsistências entre o que é produzido, vendido e declarado.
Por fim, ele serve como ferramenta de fiscalização e ajuda a combater fraudes no setor industrial e atacadista.
O SPED Fiscal reúne diferentes blocos, e cada um tem uma finalidade. Veja as diferenças:
Portanto, enquanto o Bloco H traz uma visão anual e resumida, o Bloco K fornece dados contínuos e detalhados. Além disso, ele permite que a Receita cruze informações com maior frequência, reduzindo falhas na escrituração.
A obrigatoriedade do Bloco K começou gradualmente, com foco nas grandes indústrias. Desde 2017, empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões já precisavam entregar as informações.
Em 2025, o escopo se amplia e atinge novos grupos empresariais. A exigência passa a valer, portanto, também para:
Além disso, o faturamento considerado é o do segundo exercício anterior ao da exigência. Isso significa que, em 2025, a Receita avaliará a receita de 2023 para definir quem está obrigado.
O Bloco H continua obrigatório, mas não substitui o Bloco K.
Enquanto o Bloco H informa o inventário de estoque anual, o Bloco K acompanha mensalmente a movimentação produtiva e de insumos.
As empresas precisam informar registros padronizados que permitem à Receita cruzar dados de estoque, produção e consumo de insumos.
Registro | Descrição |
---|---|
K200 | Estoque escriturado |
K220 | Movimentações internas entre mercadorias |
K230 | Itens produzidos |
K235 | Insumos consumidos |
K250 | Industrialização efetuada por terceiros – itens produzidos |
K255 | Industrialização em terceiros – insumos consumidos |
Novidade: o Ajuste SINIEF nº 25/2022 trouxe simplificações e ajustes para determinadas empresas, reduzindo a necessidade de informar todos os registros detalhados, mas mantendo a exigência de dados consistentes.
O prazo de entrega do Bloco K segue o mesmo calendário do SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI):Deve ser transmitido mensalmente até o 15º dia útil do mês subsequente ao período de apuração.
O não envio ou a entrega com erros pode gerar:
Preencher o Bloco K exige organização e atenção aos detalhes. Uma rotina bem estruturada reduz erros e evita problemas com a fiscalização.
Veja o passo a passo essencial:
Além disso, manter a equipe treinada facilita a rotina e garante maior conformidade. Por fim, a integração entre áreas é essencial para evitar divergências entre estoque físico e estoque escriturado.
A falta de controle pode gerar multas e inconsistências fiscais. Por isso, preencher o Bloco K com atenção aos detalhes é indispensável.
Dessa maneira, confira a seguir, os principais desafios registrados no preenchimento deste documento, como também, os cuidados necessários.
Por fim, consultar especialistas pode ser útil em casos de maior complexidade. Dessa forma, a empresa se mantém em conformidade e evita problemas com o Fisco.
O Bloco K traz efeitos diretos na rotina das empresas. Ele exige controles mais rígidos de produção e gestão de estoque, além de integração entre áreas.
Além disso, o Bloco K funciona como incentivo para rever processos internos. Portanto, empresas que se adaptam conseguem reduzir erros, otimizar a gestão e até diminuir as despesas operacionais.
Um sistema de gestão integrado (ERP) simplifica a escrituração ao:
Uma indústria de alimentos com 200 SKUs reduziu em 60% os erros no SPED Fiscal após integrar o Bloco K diretamente ao ERP, evitando multas e retrabalhos.
A empresa fica sujeita a multas e fiscalização intensiva pela Receita.
O Bloco H (inventário físico) é anual, enquanto o Bloco K registra movimentações mensais de estoque e produção.
Não, somente indústrias e atacadistas enquadrados na obrigatoriedade.
Mais grupos de empresas foram incluídos na obrigatoriedade, ampliando o escopo do Bloco K.
O Bloco K em 2025 é um dos principais instrumentos de fiscalização da Receita Federal, exigindo atenção redobrada das empresas que atuam na indústria e no comércio atacadista.
Preparar-se corretamente significa evitar multas, inconsistências e problemas fiscais.
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